APOLLON
Longe vão os tempos em que o nome de Chipre era sinónimo de goleadas históricas ou de bolas quadradas. Cada vez mais a selecção embora fraca, consegue conquistar preciosos pontos e vitórias, tanto que no penúltimo apuramento que foi o do Euro 2004 chegaram a estar posicionados e em duvida de presença histórica até à penúltima jornada do seu grupo.
E está a tornar-se aos poucos um sitio bastante aprasível não só para umas férias mas para se jogar profissionalmente. Este ano desembarcaram inclusivé vários jogadores portugueses na ilha, casos de Daniel Kennedy, Ricardo Fernandes, Hélio Pinto, João Paiva, etc etc. Contingente português que está muito valorizado e bem visto por estas paragens, graças sobretudo à boa prestação dos valores que para a ilha emigraram.
O nome Apollon vem do Deus grego Apólo, que entre outras coisas era o Deus da Musica. Como tal o clube não é só um clube atletico-desportivo como um clube musical. É comum organizar as festividades dos feriados nacionais de 25 de Março, 1 de Abril e 28 de Outubro. Organiza festas para os seus adeptos e membros entre outros projectos. Tudo isto começou em 1960, seis anos depois da sua fundação.
O Apollon foi fundado na cidade de Limassol em 13 de Fevereiro de 1954 e joga no Tsirion Stadium com capacidade para 14.000 espectadores e que é um estádio olimpico que serve de casa a mais duas equipas, o AEL e o Aris. E até ser construido o novissimo estádio Neo G.S.P. em Nicósia, era onde jogava a selecção e era o maior do pais. Foi mesmo o primeiro estádio a ter bancadas nos dois lados do campo.
Logo de inicio foi aceite como clube na Federação Cipriota e começou a jogar na Segunda Divisão em 1955.
Não começou bem e no primeiro ano em 8 jogos sofreu 8 derrotas. Antes do inicio da época seguinte uma crise desportiva-financeira despoletou no AEL, o clube grande da mesma cidade, Limassol, e que jogava na Primeira Divisão. Essa crise desencadeou a saída da maioria dos jogadores que ingressaram no rival, o Apollon. À conta disso e sem grande surpresa garantiram a subida à Primeira Divisão para de lá não mais saírem, e para o ano fará 50 anos seguidos na divisão maior de Chipre.
Mas as coisas não se tornaram fáceis, o clube andou sempre a lutar pela permanência e só em 1965 consegue brilhar na Taça onde chegou à final e perdeu com um dos gigantes do país, o Omónia Nicósia por esclarecedores 1-5. Mas no ano seguinte com nova brilhante carreira na Taça conquisaram o primeiro troféu da sua curta história, ganhando na final ao NEA Salamina por 4-2. Foram anos brilhantes porque novamente e no ano seguinte foram à final ganhar de novo desta vez ao Alki por 1-0.
A partir desta data o clube nunca mais se encontrou com a glória e também nunca desceu de divisão durante 15 anos. Foi só em 1982 que conseguiram novamente chegar à final da Taça, perdendo mais uma vez com o Omónia Nicósia, desta feita com recurso a segundo jogo, 2-2 + 1-4.
De qualquer modo isto marcou uma nova fase no clube. Nos últimos 20 anos o clube ganhou o campeonato por duas vezes, tendo ficado em segundo em quatro outras ocasiões, ganhou a Taça três vezes e foi finalista vencido noutras quatro ocasiões.
E a semana passada conquistou o seu 3º titulo com 3 portugueses na equipa, o defesa Filipe Duarte, o médio Hélio Pinto e o avançado João Paiva. Venceu o campeonato de forma categórica não perdendo nenhum jogo em 26, com 19 vitórias e 7 empates.
Mas a grande vedeta da equipa é o polaco Lukasz Sosin que é à três anos consecutivos o melhor marcador da Primeira Divisão Cipriota e este ano bateu o seu recorde pessoal ao conseguir 28 golos, sendo que o segundo melhor marcador da equipa é o português João Paiva apenas com 7 golos.
Neste momento é considerado o clube cipriota com mais sucesso, desde sempre, nas competições europeias. Uma das maiores façanhas foi alcançada em 1994 quando depois de ter eliminado os hungaros do Izzo Vac (0-2 e 4-0) calharam com o Inter Milão e foram a San Siro perder apenas por 0-1 sendo que na segunda volta em Limassol empataram a 3 golos. Neste mesmo ano o Inter Milão venceria a Taça UEFA e nunca mais sofreria 3 golos num só jogo seja do campeonato seja nas competições europeias nesse mesmo ano.
Em 1995 tornou-se a primeira equipa estrangeira a derrotar o Sion, na Suiça, para as competições europeias, vencendo por 3-2
Em 1998 foi a primeira equipa do Chipre a passar três eliminatórias Europeias, derrotando o Ekranas da Lituânia, o Jablonec da Rep. Checa e caindo apenas com o Panionios da Grécia.
Palmarés:
3 vezes campeão da Primeira Divisão: 1991, 1994 e 2006.
1 vez campeão da Segunda Divisão: 1957.
5 vezes vencedor da Taça do Chipre: 1966, 1967, 1986, 1992, 2001.
6 vezes finalista vencido da Taça do Chipre: 1965, 1982, 1987, 1994, 1995, 1998.
Recordes:
Nunca desceu de divisão e está à 50 anos no escalão maior do Chipre.
Maior vitória: 13-1 Asov Vatilis em 1976
Maior derrota: 0-5, Apoel Nicósia e 0-5 Omónia Nicósia ambas em 1977
Maior vitória na Europa: 4-0 Izzo Vac (Hungria) em 1994
Maior derrota na Europa: 0-8 Barcelona em 1983.
Mais um grande artigo amigo Estrela
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