O clube de hoje é o melhor da Grécia, nasceu da fusão de outros dois e já encontrou duas equipas portuguesas nas competições europeias, Benfica e FC Porto, curiosamente sempre na Taça dos Campeões. Duas particularidades marcam os encontros com o FC Porto, a primeira é que calharam 3 anos seguidos no mesmo grupo dos azuis e brancos, e a segunda é que sempre lhes ganharam em casa, embora pela diferença minima. O Olympiakos é uma das bestas negras dos portuenses, uma vez que em dois dos três anos, em que calharam no mesmo grupo, o FC Porto não conseguiu apurar-se para a fase seguinte, e nunca pontuou na Grécia.
Nasceu em 1925, da fusão de dois clubes da cidade de Piréu, o Atlético e Futebol Clube do Piréu e o Grupo de Fans do Piréu. O novo nome tinha de inspirar poder, superioridade, ética e espirito olímpico, assim nasceu o Olympiakos Syndesmos Filathion Peiraios, que em português se lê Clube Olimpico de Fãs do Piréu.
O Olympiacos é de longe a melhor equipa do país em termos de titulos, e nas 70 épocas que leva a Divisão maior ganhou 34 campeonatos, ou seja metade.
Os primórdios do campeonato grego, que iniciou em 1927/28 eram disputados em play-offs, e apenas participavam os campeões regionais das seguintes provincias: Atenas, Piréu e Salónica.

Então e até à época de 1959/60, jogaram-se 23 campeonatos e o Olympiakos conseguiu 15 titulos. (Não houve competição em 1929, 1935, 1940 até 1945, 1950, 1952). Aos quais juntou 9 Taças da Grécia.
A estreia nas competições europeias deu-se no ano de 1958/59, na Taça dos Campeões Europeus, mas o sorteio ditou que jogassem com os turcos do Besiktas. Como a Grécia e a Turquia estavam de relações cortadas, o Olympiakos desistiu de jogar, e assim a verdadeira estreia aconteceria no ano seguinte, também na Taça dos Campeões, calhando com o AC Milan. Depois de um 2-2 em casa, uma derrota 1-3 em San Siro acabou com a carreira do clube, esse ano na Europa. Foi contudo o primeiro clube grego a jogar uma competição da UEFA.

Só em 1966, na TVT, conseguiram passar do primeiro jogo, calhando na ronda preliminar com o Omónia Nicósia do Chipre, no entanto foram jogos renhidos com 1-0 fora e 1-1 em casa. Para sair de seguida com os ingleses do West Ham United por 2-2 e 0-4.
Em 1969, também na TVT, conseguiu novamente passar do primeiro jogo, calhando na primeira ronda com o KR Reiquejavique, 2-0 + 2-0. Para ser eliminado, de novo, por britânicos. Desta vez foram os escoceses do Dunfermline. Depois de goleado na Escócia por 0-4, o 3-0 em casa não chegou.
O clube que tinha habituado os seus adeptos a ser campeão andava muito mal a esse nível, dois campeonatos em 13 anos para quem costumava ser campeão anos e anos seguidos, denunciava que algo tinha de mudar.

E assim começou uma nova época gloriosa com três campeonatos ganhos consecutivamente, em 1973, 1974, 1975. O ano de 1974 foi inclusivé de recordes ao baterem o de pontos com 59 e o de golos marcados com 102.
Com a ida à Taça dos Campeões Europeus de 1974, encontrou pela primeira vez uma equipa portuguesa no seu caminho, o Benfica. Dois jogos resultaram em dois resultados iguais, derrotas por 0-1 e 0-1.
Benfica – Olympiacos: 1-0 ( Messias 53m) e Olympiacos – Benfica: 0-1 ( Néné 29 min).
Infelizmente em 1975 e por razões pessoais o presidente abandonou o cargo e o clube não voltou a ganhar outro titulo, seja do campeonato ou da taça até ao ano de 1980.

Em 1984 encontrou de novo o Benfica nas competições europeias via Taça dos Campeões e de novo foi derrotado, com 1-0 e 0-3.
Olympiacos – Benfica: 1-0 ( Anastopoulos 21m); Benfica – Olympiakos: 3-0 ( Filipovic 17m, Diamantino 28m, Maniche 75m).
O ano de 1987 foi o começo da década negra do clube. Em 1985 a entrada para a presidência de um trafulha da pior espécie, de nome George Koskotas, deixou o clube à beira da falência. Presidente do Olympiakos e do Banco de Creta, fez um desfalque de 132 milhões de dolares, num escândalo que arrastou varios membros do governo. Fugiu para os Estados Unidos onde foi preso em 1988 e estraditado para a Grécia em 1991, onde cumpriu pena até 2001.

Em 1993 Sócrates Kokkalis, adquiriu as acções do Olympiacos e chegou a acordo com o governo para o pagamento faseado da divida. Aos poucos o clube reganhou peso e estatuto, e em 1997 voltou a ser campeão. Voltou tão forte que ganhou 7 campeonatos consecutivos entre 1997 e 2003.
Foi no ano de 1998 que na Liga dos Campeões voltou a encontrar uma equipa portuguesa, desta feita o FC Porto. Calharam as duas equipas no Grupo D, juntamente com Real Madrid e Rosenborg, e foi dos piores torneios que ambos realizaram. O Olympiacos ficou em terceiro lugar e o FC Porto em quarto lugar, ambos emliminados.
Os resultados deste grupo para os gregos foram: FC Porto 1-0 e 1-2; Rosenborg 2-2 e 1-5; Real Madrid 0-0 e 1-5.
Olympiacos – FC Porto: 1-0 ( Giannakopoulos 6m); FC Porto – Olympiacos: 2-1 ( Jardel 29 m e 52m; Georgatos 37m).
O ano seguinte foi o melhor ano de sempre para os gregos nas competições europeias, pois ficaram em primeiro lugar no grupo da Liga dos Campeões, chegando aos quartos de final onde perdeu com a Juventus.

Então assim foi a participação desse ano, no Grupo A: FC Porto 2-1 e 2-2; Ajax 1-0 e 0-2; Dinamo Zagreb 2-0 e 1-1.
FC Porto – Olympiacos: 2-2 ( Zahovic 64m e Jardel 85m; Yannakopoulos 87m e Gogic 90m); Olympiacos – FC Porto: 2-1 ( Gogic 17m e Djordjevic 55m, Zahovic 76m).
Recuperação fantástica da equipa, no Estádio das Antas, que a 3 minutos do fim perdia por 0-2.
A eliminação, nos quartos-final, frente à Juventus, acontecia no meio de lágrimas de raiva e desilusão. Depois de uma derrota em Turim por 1-2 estiveram a ganhar até ao minuto 85 graças a um golo de Gogic aos 12 minutos, foi então que entrou em cena aquele que seria para todo o sempre e para os seus adeptos, o grande culpado da eliminação, o guarda-redes Eleftheropoulos. Antonio Conte aos 85 minutos faz um cruzamento remate que traiu o grego dando com isso um frango monumental.

Como é costume dizer não há duas sem três e o Olympiacos, no ano de 2000 calhou de novo com o FC Porto no grupo da Liga Campeões, juntamente com o Real Madrid e outro norueguês que não o Rosenborg, desta feita foi o Molde. Senão tinha sido um grupo igualzinho ao de 1998, dois anos antes. Foi uma má participação com a equipa a terminar no terceiro posto, atras dos portugueses e espanhois.
Resultados: Real Madrid 3-3 e 0-3; FC Porto 1-0 e 0-2; Molde 3-1 e 2-3.
FC Porto – Olympiacos: 2-0 ( Esquerdinha 6m e Jardel 47m); Olympiacos – FC Porto: 1-0 ( Yannakopoulos 56m).

Nos anos seguintes registaram-se sempre campanhas desastrosas, acabando quase sempre no último lugar dos grupos.
Em 2004 mais um nome sonante. Rivaldo foi contratado ao Cruzeiro, depois de ter sido “expulso” do Barcelona por Van Gaal.

Nesse ano o Liverpool seria Campeão Europeu, frente ao AC Milan, numa final memorável.
Os resultados do grupo foram: Depor. Coruña 1-0 e 0-0; Monaco 1-0 e 1-2; Liverpool 1-0 e 1-3.

Contudo a nivel interno as coisas correram de feição uma vez que é bi-campeão e caminha a passos largos para o Tri-campeonato. A nove jornadas do final do campeonato está em primeiro a 10 pontos do segundo classificado. A juntar aos campeonatos conquistou igualmente a Taça da Grécia, fazendo assim a dobradinha.
Palmarés:
34 vezes Campeão da Grécia: 1931, 1933, 1934, 1936, 1937, 1938, 1947, 1948, 1951, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1966, 1967, 1973, 1974, 1975, 1980, 1981, 1982, 1983, 1987, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2005 e 2006.
22 vezes Vencedor da Taça da Grécia: 1947, 1951, 1952, 1953, 1954, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1965, 1968, 1971, 1973, 1975, 1981, 1990, 1992, 1999, 2005 e 2006.
2 vezes Vencedor da Supertaça da Grécia: 1987 e 1992.
1 vez Vencedor da Taça dos Balcãs: 1963.

Têm um currículo impressionante . Simpatizo bastante com o futebol grego, são uns verdadeiros apaixonados por bola...
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