
STADE REIMS
O clube em questão é o famoso finalista vencido da primeira e da quarta finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Depois de um fantastico curriculo onde se encontram estas e outras finais e muitos titulos de campeão francês e da Taça de França, o clube por dividas várias é relegado sucessivamente, as vezes por decisão do tribunal desportivo e cai até ao ultimo escalão do futebol francês, a Distrital.
Neste momento e ja semi-recomposto e através de subidas rápidas encontra-se na Segunda Divisão (L2) e espreita a subida à divisão principal, para voltar ao convivio dos grandes do seu tempo como Lille, O.Marselha, ou Bordéus, e dos mais recentes como PSG ou Lyon.
O Stade Reims é criado em 18 de Junho de 1931, sucedendo à Sociedade Desportiva do Parque Pommery (SSPP), é o nascimento de um clube mítico.
A secção futebol do Stade Reims é presidida por René Humbert e disputa o seu primeiro jogo a 23 de Agosto perante FC Reims. O Stade Reims, que evolui então em vermelho e preto, e ganha facilmente por 7-2, é o início de uma longa e rica história.

O Estádio Municipal é inaugurado pelos jogadores de futebol de Reims para a vinda do L’US. Os tri-campeões perdem 4-3 e o Reims toma a dianteira da classificação. Uma nova vitória na segunda volta desta vez em casa do anterior campeão no segundo jogo sela definitivamente o destino do campeonato que o Stade Reims ganha. Após este título, os líderes de Reims obtêm o estatuto profissional e o clube sobe à segunda divisão. Mas a adaptação ao mundo profissional revela-se delicada e o Stade Reims fica-se pelo meio da tabela nos quatro primeiros anos excepto aquando da época 1936/1937 que os vermelho e pretos terminam em penúltimo lugar. Mas a federação que tinha decidido refazer o campeonato na época seguinte, nenhum clube desce nesse ano.

A 2 de Setembro de 1939, a França e a Grã-Bretanha declaram a guerra à Alemanha. Muitos jogadores de futebol partem para a guerra mas a federação organiza um campeonato dividido em três grupos. O Stade Reims participa por conseguinte no campeonato da zona norte com nove outras equipas. O Rouen termina em primeiro o Reims em terceiro. A competição ainda continua na época de 1940/1941 e o campeonato comporta apenas duas zonas. Sempre na zona norte, o Reims termina em quarto lugar antes de ser consagrado campeão da França da zona norte na época seguinte. Nesse mesmo ano os Vermelho e Brancos atingem a final da taça de França mas perdem com o Red Star 1-0. A época de 1942/1943 é infelizmente uma das piores e o Stade Reims termina no quinto posto a quinze pontos do campeão.

Será o último campeonato de período de guerra dado que em 1945, a Federação Francesa de Futebol anuncia que um novo grande campeonato profissional vai ser organizado e aceita a entrada do Stade Reims nesta competição.

Com efeito na época seguinte, os Vermelhos e Brancos, bem precedidos no campeonato pelo Bordéus e Lille, ganham a sua primeira Taça de França sobre o RC Paris por 2-0 perante 61.722 espectadores!!!
Durante dois anos a equipa de Reims é demasiado inconstante, nomeadamente fora, e termina em quarto duas vezes. A época de 1951/1952 no entanto é marcada pela chegada ao clube de Raymond Kopa então em concorrência com Villanova e Templin como extremo direito. Na sua terceira época na equipa, o treinador Albert Batteux decide colocar Kopa ao centro, o holandês Appel desliza para a direita. O duo funciona então às mil maravilhas e o Stade Reims humilha os seus adversários, forçando a admiração dos observadores.
Apesar de um período de abrandamento em final de época, ninguém pode impedir o Stade Reims de ser consagrado uma segunda vez campeão Francês.
Imparáveis, os de Reims ganham igualmente a Taça Latina contra AC Milan 3-0 após ter batido o Valencia nas meias-finais.
A época de 1953-1954 é muito menos gloriosa. Na frente do campeonato a duas jornadas do fim, os de Reims são ultrapassados pelo Lille. Na taça também são eliminados sem gloria pelo O.Marselha nos 16 avos de final. Graças um sucesso sobre o Lille 7-3, ganham no entanto a Taça Drago, competição reservada aos clubes profissionais eliminados da Taça de França.

A Taça da Europa dos Clubes Campeões acaba por ser criada e constitui o objectivo prioritário do Stade Reims para a época 1955/1956. A prestação no campeonato é muito modesta e termina num decepcinante décimo lugar. Em contrapartida, sobre a cena europeia os Vermelhos e Brancos distinguem-se dado que após ter eliminado sucessivamente os dinamarqueses do AGF Aarhus, os húngaros do Lobogo e os escoceses do Aberdeen, atingem a final da competição frente ao Real Madrid. Em Paris os madrilenos impõem-se 4-3 e ganham o primeiro troféu da história. Raymond Kopa deixa o Stade Reims para assinar pelo Real.
A desilusão europeia é grande e os de Reims, sem o seu mestre a jogar, Kopa, mas com Just Fontaine, na época seguinte não melhor que um terceiro lugar. Este falhanço não se pode reproduzir no ano seguinte e os líderes do Reims decidem recrutar na pré-época. E o resultado é imediato dado que o Stade faz a dobradinha campeonato-taça inédito na história do clube.

A época de 1959/1960 é assim sinónima de quinto título de campeão e de maneira indiscutível. A época seguinte em contrapartida é considerada como um malogro com um terceiro lugar no campeonato e nos quartos de final na Taça de França. O presidente Germain sente que a sua equipa tornou-se uma equipa vulgar e decidide levar outra vez o seu clube ao topo do futebol francês.

A época de 1962/1963 começa sem Just Fontaine que acabara de deixar o futebol e com o anúncio da não renovação do contrato de Albert Batteux em fim de contrato. O ambiente não é por conseguinte o melhor quando começa o campeonato. O Stade Reims perdeu a sua magia e é eliminado mesmo da Taça dos Campeões Europeus pelo Feyenoord. O campeonato também não corre muito melhor e o clube termina a época sofrivelmente no segundo lugar atrás do Mónaco. O grande Stade Reims e o seu “futebol Champanhe” já não são os mesmos e o declínio apenas está a começar.

Com uma renovação profunda ficam em 10º no primeiro mas no segundo dominam o campeonato apesar de um arranque caótico. O clube é então campeão da França da D2 pela primeira vez na sua história e reencontra a elite.

Após um oitavo lugar em 1973, a época 1973/1974 é sensivelmente idêntica dado que terminam sexto nomeadamente graças aos 30 golos do seu goleador argentino Carlos Bianchi consagrado de melhor marcador do campeonato. Apesar da eficácia, o Stade Reims permanece sempre na metade secundária da classificação.
Em 1975/1976 Bianchi é pela segunda vez o melhor goleador, desta vez com 34 golos, o Reims classifica-se finalmente em quinto, a sua melhor posição desde à treze anos a esta parte.

A estação 1977/1978 marca o início de uma política de promoção e de formação indispensável de acordo com o presidente Bazelaire para evitar naufragar financeiramente. É com efeito o início do fim... Com efeito Bianchi partiu para o PSG. Os primeiros jogos do campeonato trazem rapidamente os de Reims à dura realidade de uma equipa média.

A situação financeira do clube é ainda precária e é com uma formação rejuvenescida que disputa o campeonato 1979/1980. O Estadio Auguste Delaune esvazia-se gradualmente e a Cidade tende a divorciar-se do clube.

E a esperança dura durante toda a época seguinte dado que o clube està a lutar para disputar mais uma vez a liguilha. Mas uma derrota com o Red Star põe termo à esperança e Reims deve satisfazer-se com o quarto lugar. Carlos Bianchi regressa para o início da época de 1984/1985. O presidente Bazelaire quer tirar o clube da D2 e este regresso reforça o optimismo ambiental. Mas contra um impressionante inicio de campeonato, o Stade e a sua vedeta argentina mostram os seus limites. "Carlos" não é mais eficaz e apesar da sua solidez defensiva a equipa continua a ser média..


As épocas de 1988/1989 e 1989/1990 são menos felizes. O espectáculo proposto em Delaune é bem pobre e rumores de má gestão financeira começam a circular.
A situação financeira do clube é má e evoca-se provável despromoção à terceira divisão ou pior uma liquidação judicial. Felizmente um homem vem à cabeceira o que permite ao clube jogar a época de 1990/1991 na segunda divisão, e obtêm um inesperad sexto lugar. Na Taça da Liga ganha a final frente ao Niort. Infelizmente os cofres do clube continuam a estar desesperadamente vazios e a decisão do DNCG cai: Stade Reims despromovido para a D3.

E o clube toma a partida do campeonato de divisão de honra do grupo Nordeste terminando este primeiro campeonato num modest oitavo lugar mas o essencial está noutro lugar: o futebol em Reims não morreu.

A Fase Reims é por conseguinte de regresso sobre a cena nacional e apresenta ambições elevadas: uma nova subida nos dois anos. Será necessário mais infelizmente. Com efeito em 1995 o Vermelho e Branco encalham em frente de Segré aquando das barragens de acessão de N2.
Só na época de 1997/1998 consegue subir ao CFA com vinte e três vitórias e cinco empates. Na época seguinte joga a promoção até aos 85 minutos do último jogo contra o Pontivy mas desilusão é cruel quando Duboscq igualiza à cinco minutos do fim para o adversário. Graças à este resultado, Pontivy ganha o ultimo lugar de subida. A decepção é imensa mas a má saúde financeira de vários clubes deixa uma esperança aos líderes do Stade Reims. E é finalmente Pontivy que vê recusar pelo DNCG o direito de jogar na divisão acima. É então repescado o Stade Reims.

Na época seguinte jogadores habituados à este nível assinam pelo Reims e os progressos são imediatos e apresenta-se já como um sério candidato ao D2. Mas os homens de Abreu falham a aparição no mês de Setembro, deixando as equipas grandes tomar a dianteira. O treinador entra então em conflito com certos líderes do clube e é demitido das suas funções. Franck Triqueneaux assegura o ínterino antes da nomeação de Marco Collat no fim Outubro.
O objectivo da estação 2001/2002 é claro: Reims quer reencontrar o futebol profissional. E Marco Collat tem êxito na sua missão dado que conduz a sua equipa sobre o segundo degrau do podium, posição sinónima de subida liga 2 onze anos após a ter deixado.

O clube reencontra por conseguinte a terceira divisão. O efectivo foi renovado logicamente na pré-época e o Stade Reims faz figura. Os Estadistas instalam-se na cabeça da classificação a partir dos primeiros dias. Ganham finalmente o campeonato frente a Brest e Dijon. E junta ao seu extraordinário palmarés o primeiro título de campeão da Terceira Divisão.

Nesta época e com 33 jogos disputados, o Stade Reims encontra-se na 11ª posição a 10 pontos da descida com 5 jogos para o final do campeonato, algo que deve ser suficiente para o manter na Segunda Divisão e tentar a subia ao escalão principal no ano que vem regressando assim à elite francesa.
PALMARÉS:
7 vezes Campeão de França: 1941-1942, 1948-1949, 1952-1953, 1954-1955, 1957-1958, 1959-1960, 1961-1962.
1 vez Campeão da Segunda Divisão: 1965-1966
1 vez Campeão da Terceira Divisão: 2003-2004
2 vezes Campeão nos campeonatos regionais: 1934-1935, 1938-1939
2 vezes Finalista da Taça dos Clubes Campeões Europeus: 1955-1956, 1958-1959
2 Taças de França: 1949-1950, 1957-1958
1 vez finalista vencido da Taça de França: 1976-1977
1 Taça da Liga: 1990-1991
1 Taça Latina: 1952-1953
1 Taça Gambardella: 1963-1964
1 Taça Drago: 1953-1954

Oportuno artigo , um dia destes vai acontecer o mesmo a Uniao de Leiria , esperamos que seja em breve.
ResponderExcluirGrande artigo. Ja vai sendo uma tradiçao estes artigos , espero que continues
ResponderExcluirEsperemos que sim anti-uniao
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