O clube de hoje é o que mais campeonatos do Irão ganhou, onde jogaram Ali Daei, Mahdavikia, Ali Karimi, entre outros dos mais famosos que agora jogam na Europa. É ainda o clube que mais adeptos tem em toda a Asia, segundo o proprio site da AFC, a Confederação Asiática de Futebol.
Situada na maravilhosa cidade com o mesmo nome, Persépolis, que foi a capital da Persia antiga, com uma história muito interessante, de conquistas, guerras e vários reis, é algo que deve ser vista, pesquisada e visitada, não só pelos adeptos do futebol mas por toda a gente.
O Persepolis FC foi fundado em 1963 por Ali Abdeh, na cidade com o mesmo nome e antiga capital da persia, Persepolis.
Ali Abdeh nasceu nos Estados Unidos mas quis encontrar as suas origens e foi para o Irão. Foi campeão de boxe na juventude mas o desporto sempre lhe correu nas veias, criou então o Persepolis SC, que tinha secções de basket, bowling e voleibol, mais tarde surgiu a secção de futebol com o nome de Persepolis FC.
Começou como frágil equipa da Segunda Divisão, e em 1968 varias equipas se dissolveram incluindo uma das melhores da região, o Shahin FC. Quem ganhou com isso foi o Persepolis que acabou por acolher esses mesmo jogadores devido ao respeito que o clube, através de algumas pessoas importantes da cidade, foi ganhando. Consequentemente açambarcou a própria história do Shahin FC e tomou a sua posição na Liga.
Em 1968 o campeonato foi suspenso, devido à dissolução de várias equipas, foi então realizado um torneio de 44 clubes das quais o Persepolis, Pas, Taj (Esteghlal) e Oghab ficaram nos lugares mais altos.
Em 1969, um grande capitalista iraniano, dono de uma fabrica de automoveis de seu nome Mahmoud Khayami, tinha criado dois anos antes um equipa de futebol o Paykan FC e era um grande saudosista dos bons velhos tempos do Shahin FC.
Com o objectivo de promover o seu novo automóvel, acabadinho de sair das linhas de produção para o mercado, deu-lhe o nome do clube, Paykan, e conseguiu convencer os antigos jogadores do Shahin FC que agora jogavam no Persepolis FC, a jogarem pelo Paykan FC.
Como seria de esperar ganharam o campeonato e nesse mesmo ano o clube acabou, devido à falta de profissionalismo do presidente do mesmo, que comprou uma “guerra” com os jogadores, devido ao não pagamento dos ordenados prometidos.
Assim os jogadores voltaram ao Persepolis e ganharam a Taça Takht Jamshid em 1970 e em 1972.
Com a revolução iraniana, em 1979, e a subida ao poder do Xá Ayathola Komeini, varias coisas mudaram no país a todos os níveis, entrando numa era de menor liberdade e maior religiosidade. O clube desmembrou-se e muitos dos melhores jogadores não voltaram a jogar.
Foi então que o Persepolis foi tomado por uma facção do exército, denominada de “Desafortunados e Inválidos da Guerra” que pegaram no clube e o renomearam de Azadi, que em persa significa “liberdade”, e julgaram ser um bom meio de espalhar a “propaganda” da revolução.
Depois de um curto periodo, os “Desafortunados” já não acharam validade no clube, para as suas actividades politicas e abandonaram-no.
Foi então que ficou sobre alçada do Departamento de Educação Fisica que novamente renomeou o clube, desta feita para, Pirouzi (que quer dizer Vitória em persa), nome que ainda mantém, mas da qual os adeptos não fazem caso e toda a gente continua a chamá-lo de Pesepolis FC.
A década de 80 não foi grande coisa e o clube só ganhou uma Taça Hazfi, a taça nacional do Irão, a única competição do país vsito que o campeonato fois suspenso de 1979 a 1989, mas os anos 90 foram os anos do regresso às glorias antigas.
Começou logo em 1990 com a vitória na Taça dos Vencedores das taças Asiaticos e continuou com outras conquistas, entre campeonatos e taças. Os adeptos voltaram em massa e a equipa reavivou o espirito dos anos 60 e 70. Foi uma década em que mesmo a nivel de selecção o clube contou nas fileiras com mais de seis titulares.
Depois de uma Taça em 1992 dois campeonatos em 1996 e 1997.
Ainda em 1997 chegaram às meias finais da Taça dos Campeões Asiaticos perdendo com os coreanos do Pohang Steelers.
Em 1998, foram obrigados a desistir do campeonato por causa do desentendimento entre a Federação Iraniana e a AF Asia, uma vez que marcavam jogos da Liga dos Campeões e do Campeonato, para os mesmos dias ou para o dia seguinte a um deles, o que profissionalmente é impossível de cumprir. Além disso os jogadores estavam constantemente na selecção.
Assim o clube jogou apenas na AFC e na Taça Hazfi, ficando-se pelas meias-finais da Liga dos Campeões, perdendo com os chineses do Dalian Wanda.
As equipas do Persepolis FC dos anos de 1997 e 1998, foram consideradas as melhores de sempre do Irão, de entre todas do país. Jogavam nesta altura no clube nomes como: Azizi, Bagheri, Ali Daei, Mahdavikia, entre outros.
Depois do Campeonato do Mundo de 1998, vários destes jogadores foram transferidos para a Europa, mas a equipa conseguiu manter o nivel futebolistico e mais nomes sonantes apareceram, como Ali Karimi e Hamed Kavianpour.
Ganharam o Campeonato e a Taça em 1999 e de novo o Campeonato em 2000. Na Liga dos Campeões Asiáticos novamente a chegarem às meias-finais.
Em 2001 foi então criada a IPL, a Liga Profissional Iraniana, um campeonato competamente profissional. E foram os primeiros vencedores do mesmo, numa luta renhida até à última jornada com os rivais do Esteghlal.
Os anos seguintes foram de queda, a nivel interno e externo. Varios problemas entre jogadores, treinadores e a direcção levaram a que o clube nunca mais se reencontrasse com as vitórias. As más posições finais sucederam-se, com um 3º, um 5º e um 9º lugares nos anos seguintes.
Pelo clube passaram vários técnicos como, Vinko Begovic, Rainer Zobel, e Arie Haan. Neste momento está o turco Mustafa Denizli à frente da equipa.
Denizli não conseguiu ganhar a Taça Hazfi, que daria acesso à Liga dos Campeões Asiáticos, e que era importantissimo a nível financeiro.
Em Junho e depois de conhecida a qualificação da Selecção para o mundial da Alemanha, o clube recebeu a visita do Bayern Munique a convite e o Estádio e as ruas encheram-se para receber os germânicos, onde joga o ex-jogador do clube Ali Karimi, e que é motivo de orgulho de milhares. A imprensa alemã e mundial levantou um coro de protestos mas o director desportivo Uli Hoeness, veio a publico dizer que não era uma forma de apoio ao controverso presidente iraniano: “Jogamos para um povo, não para um regime”, foram as suas palavras.
Já em Setembro passado, as direcções do clube e do Sorkhpooshan, chegaram a acordo, para esta se tornar satélite do Persepolis FC, e assim tornou-se um dos poucos clubes iranianos com equipa satélite e o único a ter uma equipa deste genero logo na Segunda Divisão.
O rival é o Esteghlal, que anteriormente se denominava Taj, e é da capital Teerão. É o grande derby do país e tem sempre casa cheia, podendo surgir a vitória para qualquer um dos lados.
O Estádio é onde jogam é o Azadi Stadium com capacidade para 90,000 pessoas e foi construido a pensar nos jogos asiáticos de 1974. Faz parte do complexo Azadi Sports Complex que é composto de uma aldeia desportiva, com vários campos e pavilhões, inclusivé um velódromo, para todo o tipo de desportos, desde andebol, basket, ginastica, até hokey em gelo. É onde joga normalmente a selecção iraniana.
Palmarés:
8 vezes Campeão do Irão: 1960, 1973, 1975, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2002
3 vezes Vencedor da Taça Hazfi: 1987, 1992 e 1999
2 vezes Vencedor da Taça Takht Jamshid: 1970 e 1972
1 vez Vencedor da Taça Vencedores Taças Asiático: 1990
Situada na maravilhosa cidade com o mesmo nome, Persépolis, que foi a capital da Persia antiga, com uma história muito interessante, de conquistas, guerras e vários reis, é algo que deve ser vista, pesquisada e visitada, não só pelos adeptos do futebol mas por toda a gente.
O Persepolis FC foi fundado em 1963 por Ali Abdeh, na cidade com o mesmo nome e antiga capital da persia, Persepolis.
Ali Abdeh nasceu nos Estados Unidos mas quis encontrar as suas origens e foi para o Irão. Foi campeão de boxe na juventude mas o desporto sempre lhe correu nas veias, criou então o Persepolis SC, que tinha secções de basket, bowling e voleibol, mais tarde surgiu a secção de futebol com o nome de Persepolis FC.
Começou como frágil equipa da Segunda Divisão, e em 1968 varias equipas se dissolveram incluindo uma das melhores da região, o Shahin FC. Quem ganhou com isso foi o Persepolis que acabou por acolher esses mesmo jogadores devido ao respeito que o clube, através de algumas pessoas importantes da cidade, foi ganhando. Consequentemente açambarcou a própria história do Shahin FC e tomou a sua posição na Liga.
Em 1968 o campeonato foi suspenso, devido à dissolução de várias equipas, foi então realizado um torneio de 44 clubes das quais o Persepolis, Pas, Taj (Esteghlal) e Oghab ficaram nos lugares mais altos.
Em 1969, um grande capitalista iraniano, dono de uma fabrica de automoveis de seu nome Mahmoud Khayami, tinha criado dois anos antes um equipa de futebol o Paykan FC e era um grande saudosista dos bons velhos tempos do Shahin FC.
Com o objectivo de promover o seu novo automóvel, acabadinho de sair das linhas de produção para o mercado, deu-lhe o nome do clube, Paykan, e conseguiu convencer os antigos jogadores do Shahin FC que agora jogavam no Persepolis FC, a jogarem pelo Paykan FC.
Como seria de esperar ganharam o campeonato e nesse mesmo ano o clube acabou, devido à falta de profissionalismo do presidente do mesmo, que comprou uma “guerra” com os jogadores, devido ao não pagamento dos ordenados prometidos.
Assim os jogadores voltaram ao Persepolis e ganharam a Taça Takht Jamshid em 1970 e em 1972.
Com a revolução iraniana, em 1979, e a subida ao poder do Xá Ayathola Komeini, varias coisas mudaram no país a todos os níveis, entrando numa era de menor liberdade e maior religiosidade. O clube desmembrou-se e muitos dos melhores jogadores não voltaram a jogar.
Foi então que o Persepolis foi tomado por uma facção do exército, denominada de “Desafortunados e Inválidos da Guerra” que pegaram no clube e o renomearam de Azadi, que em persa significa “liberdade”, e julgaram ser um bom meio de espalhar a “propaganda” da revolução.
Depois de um curto periodo, os “Desafortunados” já não acharam validade no clube, para as suas actividades politicas e abandonaram-no.
Foi então que ficou sobre alçada do Departamento de Educação Fisica que novamente renomeou o clube, desta feita para, Pirouzi (que quer dizer Vitória em persa), nome que ainda mantém, mas da qual os adeptos não fazem caso e toda a gente continua a chamá-lo de Pesepolis FC.
A década de 80 não foi grande coisa e o clube só ganhou uma Taça Hazfi, a taça nacional do Irão, a única competição do país vsito que o campeonato fois suspenso de 1979 a 1989, mas os anos 90 foram os anos do regresso às glorias antigas.
Começou logo em 1990 com a vitória na Taça dos Vencedores das taças Asiaticos e continuou com outras conquistas, entre campeonatos e taças. Os adeptos voltaram em massa e a equipa reavivou o espirito dos anos 60 e 70. Foi uma década em que mesmo a nivel de selecção o clube contou nas fileiras com mais de seis titulares.
Depois de uma Taça em 1992 dois campeonatos em 1996 e 1997.
Ainda em 1997 chegaram às meias finais da Taça dos Campeões Asiaticos perdendo com os coreanos do Pohang Steelers.
Em 1998, foram obrigados a desistir do campeonato por causa do desentendimento entre a Federação Iraniana e a AF Asia, uma vez que marcavam jogos da Liga dos Campeões e do Campeonato, para os mesmos dias ou para o dia seguinte a um deles, o que profissionalmente é impossível de cumprir. Além disso os jogadores estavam constantemente na selecção.
Assim o clube jogou apenas na AFC e na Taça Hazfi, ficando-se pelas meias-finais da Liga dos Campeões, perdendo com os chineses do Dalian Wanda.
As equipas do Persepolis FC dos anos de 1997 e 1998, foram consideradas as melhores de sempre do Irão, de entre todas do país. Jogavam nesta altura no clube nomes como: Azizi, Bagheri, Ali Daei, Mahdavikia, entre outros.
Depois do Campeonato do Mundo de 1998, vários destes jogadores foram transferidos para a Europa, mas a equipa conseguiu manter o nivel futebolistico e mais nomes sonantes apareceram, como Ali Karimi e Hamed Kavianpour.
Ganharam o Campeonato e a Taça em 1999 e de novo o Campeonato em 2000. Na Liga dos Campeões Asiáticos novamente a chegarem às meias-finais.
Em 2001 foi então criada a IPL, a Liga Profissional Iraniana, um campeonato competamente profissional. E foram os primeiros vencedores do mesmo, numa luta renhida até à última jornada com os rivais do Esteghlal.
Os anos seguintes foram de queda, a nivel interno e externo. Varios problemas entre jogadores, treinadores e a direcção levaram a que o clube nunca mais se reencontrasse com as vitórias. As más posições finais sucederam-se, com um 3º, um 5º e um 9º lugares nos anos seguintes.
Pelo clube passaram vários técnicos como, Vinko Begovic, Rainer Zobel, e Arie Haan. Neste momento está o turco Mustafa Denizli à frente da equipa.
Denizli não conseguiu ganhar a Taça Hazfi, que daria acesso à Liga dos Campeões Asiáticos, e que era importantissimo a nível financeiro.
Em Junho e depois de conhecida a qualificação da Selecção para o mundial da Alemanha, o clube recebeu a visita do Bayern Munique a convite e o Estádio e as ruas encheram-se para receber os germânicos, onde joga o ex-jogador do clube Ali Karimi, e que é motivo de orgulho de milhares. A imprensa alemã e mundial levantou um coro de protestos mas o director desportivo Uli Hoeness, veio a publico dizer que não era uma forma de apoio ao controverso presidente iraniano: “Jogamos para um povo, não para um regime”, foram as suas palavras.
Já em Setembro passado, as direcções do clube e do Sorkhpooshan, chegaram a acordo, para esta se tornar satélite do Persepolis FC, e assim tornou-se um dos poucos clubes iranianos com equipa satélite e o único a ter uma equipa deste genero logo na Segunda Divisão.
O rival é o Esteghlal, que anteriormente se denominava Taj, e é da capital Teerão. É o grande derby do país e tem sempre casa cheia, podendo surgir a vitória para qualquer um dos lados.
O Estádio é onde jogam é o Azadi Stadium com capacidade para 90,000 pessoas e foi construido a pensar nos jogos asiáticos de 1974. Faz parte do complexo Azadi Sports Complex que é composto de uma aldeia desportiva, com vários campos e pavilhões, inclusivé um velódromo, para todo o tipo de desportos, desde andebol, basket, ginastica, até hokey em gelo. É onde joga normalmente a selecção iraniana.
Palmarés:
8 vezes Campeão do Irão: 1960, 1973, 1975, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2002
3 vezes Vencedor da Taça Hazfi: 1987, 1992 e 1999
2 vezes Vencedor da Taça Takht Jamshid: 1970 e 1972
1 vez Vencedor da Taça Vencedores Taças Asiático: 1990
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